Mpox: casos aumentam no Rio de Janeiro

Somente em 2024 foram 298 notificações

(redação Serra Verde) 


A cidade do Rio de Janeiro tem enfrentado um aumento nos casos de mpox, também conhecida como varíola dos macacos. Desde 2022, foram registradas 3.813 notificações da doença, com 1.266 casos confirmados até agora. Este ano, o município já contabilizou 298 notificações e 121 casos confirmados. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem intensificado as medidas de prevenção e monitoramento, especialmente após um aumento recente de 15 novos casos em menos de uma semana. De acordo com a SMS, a maioria dos casos está concentrada na capital fluminense, onde a transmissão ocorre principalmente por contato direto com lesões na pele.

A prevenção é fundamental, e medidas como evitar o contato direto com pessoas infectadas e manter a higiene pessoal são recomendadas. Na maioria dos casos, a doença por mpox passa com o tempo, mas pode evoluir para situações mais graves em pessoas com baixa imunidade. Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, a melhor forma de se proteger é se isolar e fazer acompanhamento médico. "A gente sempre precisa identificar e isolar aquele paciente”, diz. “É muito importante sempre lavar as mãos, pois é a principal fonte de transmissão da mpox", reforça Soranz.

A vacinação também é uma ferramenta importante no combate à mpox. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem trabalhado para ampliar a cobertura vacinal no Rio de Janeiro, além de focar em campanhas de conscientização e na identificação precoce dos sintomas para evitar a disseminação da doença. Entre os sintomas mais comuns da mpox estão febre, dores musculares e erupções cutâneas. Ao apresentar qualquer um desses sinais, a população é orientada a procurar atendimento médico.

Pico da Doença

O pico da doença na cidade do Rio de Janeiro ocorreu em agosto de 2022, com 350 casos registrados naquele mês. Desde então, houve uma redução significativa, mas o monitoramento contínuo está sendo essencial para controlar novos surtos. Em agosto deste ano, foram confirmados sete novos casos.

O que é o mpox?

O mpox é uma doença viral rara causada pelo vírus da mpox, pertencente à família dos orthopoxvírus. Primeiramente identificado em macacos em 1958, o vírus foi registrado pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo. O vírus apresenta duas cepas distintas: a cepa da Bacia do Congo (África Central) e a da África Ocidental.

Existem três variantes reconhecidas do vírus, são elas: o Clado Ia, presente na Bacia do Congo, com mortalidade de até 10%, transmitido principalmente por roedores e com pouca propagação entre humanos; o Clado IIa, que ocorre na África Ocidental, com baixa mortalidade; e o Clado IIb, que provocou o surto de 2022. A nova variante é o Clado Ib, que parece estar se espalhando mais facilmente. A infecção por mpox é semelhante à varíola, só que menos grave. A prevenção, como dito anteriormente, inclui o uso de equipamentos de proteção individual, práticas de higiene e vacinação.