Cedae e ICMBio lançam primeira Estação de Educação Socioambiental
(redação Serra Verde / Fonte: site da Cedae e Instagram do Icmbio)
Uma parceria entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Icmbio) e a Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae) inaugurou, no último dia 21 de novembro, a 1ª Estação de Educação Socioambiental do Tinguá (EESA-Tinguá), localizada dentro da Reserva Biológica do Tinguá (Rebio Tinguá), em Nova Iguaçu, na baixada fluminense.
O local é um espaço físico dedicado à promoção da conscientização ambiental, da sustentabilidade e da educação para a cidadania. Com trilhas e exposições interativas, o espaço conecta educação e sustentabilidade para inspirar novas gerações a cuidar do meio ambiente e dos recursos hídricos. A EESA-Tinguá visa sensibilizar a sociedade sobre a importância de preservar o meio ambiente e adotar comportamentos mais sustentáveis.
De acordo com publicação feita no site oficial da Cedae, a escolha do local é simbólica por estar situada próxima a uma unidade operacional do Sistema Acari, um dos sistemas de produção de água na Baixada Fluminense. “É com satisfação que entregamos este espaço que simboliza nosso compromisso com a segurança hídrica da população e preservação ao meio ambiente. Esperamos inspirar futuras gerações a cuidar do nosso planeta”, disse o diretor-presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon.
A 1ª Estação de Educação Socioambiental do Tinguá (EESA-Tinguá) possui ambientes internos e externos prontos para receber os visitantes. No lado de dentro, uma área dedicada à Cedae conta a história do Sistema Acari com exposição de fotos, maquete interativa e óculos de realidade virtual, com imagens, desde a época do Império, mostrando as captações e represas. No segundo espaço, sobre a Rebio do Tinguá, estão alusões à floresta, com reprodução dos animais da região e painel sonoro reproduzindo os respectivos sons. O terceiro tem um jogo de memória de parede, também com espécies da fauna, além de uma TV para a divulgação de informações.
A área externa tem jardim vertical, parquinho para as crianças, e a praça Pau-Brasil, com mesas e bancos para os visitantes, todos feitos de madeira extraída ilegalmente da Rebio e apreendida pelo ICMBio. Os móveis foram feitos na Oficina de Manutenção da Cedae. Os imóveis no local, que abrigam as equipes operacionais da Companhia e do ICBMio, foram pintados pela renomada artista e muralista RafaMon.
O espaço no lado de fora da estação também conta com um novo viveiro do programa Replantando Vida, da Cedae, com foco na produção de mudas da Palmeira Juçara, espécie da Mata Atlântica ameaçada de extinção. Os visitantes também poderão percorrer trilha de cerca de um quilômetro de extensão ligando a EESA até a captação de água de Macuco, que integra o subsistema Tinguá, onde poderão visitar a própria captação e um decantador utilizado no processo de tratamento da água.
A visita à 1ª Estação de Educação Socioambiental do Tinguá (EESA) é uma oportunidade de conhecer por dentro a Reserva Biológica. É necessário agendar pelo e-mail rebio.tingua@icmbio.gov.br ou por meio de link no perfil do Instagram @rebiodotingua.
Sobre o Sistema Acari
Construído após estudos coordenados pelo engenheiro Antônio Rebouças, o Sistema Acari é formado pelas unidades de tratamento de Mantiquira, Rio D’Ouro, São Pedro, Tinguá e Xerém, todas na Serra do Tinguá, entre Nova Iguaçu e Duque de Caxias. Os trabalhos começaram em 1877. A adutora de São Pedro ficou pronta no mesmo ano. Em 1880 foi inaugurada a segunda adutora, a Rio D’Ouro. A terceira, adutora Tinguá, foi concluída em 1893.
As duas últimas linhas foram entregues no início do século XX. É importante lembrar que Xerém (1908) e Mantiquira (1909) foram executadas sob a direção do engenheiro José Matoso de Sampaio Correia. Até a década de 1940, o sistema garantiu o abastecimento de cerca de 80% da cidade do Rio de Janeiro. Atualmente, contribui para o fornecimento de água para parte da Baixada Fluminense.